Estando lá é como estar num lugar secreto. Sentada no meio da vegetação e olhando de um ponto de vista elevado o jardim do palácio.
De longe o lugar parece banal. Afinal está mesmo encostado à IC19, e não é mais do que uma faixa de terreno, onde passam caminhantes, pessoas passeando cães e corredores.
A pressão suburbana ditou o que se fez por ali e praticamente estrangulou o Palácio de Queluz, que ainda conheci envolvido num ambiente mais rural.
O desenho ajudou-me a esquecer todos os constrangimentos e reforçou o sentir do que ainda há de mágico neste lugar.
Começando a desenhar, logo reparei que ao fundo se vê a torre da Igreja Matriz da Amadora, o que ajudou a criar profundidade.
Ali, sentada no meio das plantas espontâneas, saboreio a vista das árvores do jardim do palácio, e os pequenos seres que por ali andam.
A certa altura vi um pequeno caracol num ramo, relativamente perto de mim, e a partir daí trabalhei o contraste da imagem para que ele tivesse o seu lugar nobre no desenho.
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